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DO OUTRO LADO DA FAVELA

  • Fernando Ramos
  • 25 de set. de 2017
  • 3 min de leitura

Como em qualquer outra favela de Maceió, a grota do cigano é temida pelos taxistas e pelos próprios moradores da comunidade, tudo devido à violência e ousadia dos traficantes que vivem em vários pontos da favela marcando território de quem entra e sai da comunidade. Nossa equipe chegou a encontrar várias casas construídas em morros e diversos córregos sem pavimentação. O lixo chega a tomar conta das ruas estreitas que liga um beco e outro da favela.


Grota do Cigano - Maceió

Projetos sociais ajudam crianças mais carentes da Grota do Cigano em Maceió

Apesar da situação temerosa, a comunidade tem o seu lado bom, e quem n os mostrou todo esse outro lado foi Cornélio, um morador da comunidade que vende acarajés em frente a um shopping no bairro de mangabeiras. Nossa equipe chegou a bater um papo com o vendedor que nos mostrou através de fotos expostas em seu carro de acarajé os trabalhos sociais que vem desenvolvendo dentro da comunidade.


Há cinco anos o vendedor de acarajés realiza a festa do dia das crianças na Grota do Cigano. Além dos brinquedos, cinco mil acarajés são distribuídos. Para conferir o trabalho do vendedor, fomos com ele até a grota do cigano. No caminho para a comunidade, ele nos contas como é sua rotina da Grota para o Shopping. Cornélio nos fala que diversas vezes foi assaltado no caminho pra casa, ele chega no shopping sempre as três da tarde e sai de lá às dez da noite. A rotina do simples vendedor é corrida, mas é do dinheiro do acarajé que ele sobrevive. Da pra pagar o aluguel e até fazer investimentos. Conta ele.


Ao chegar lá nos encontramos ainda Cinthya, uma moradora da comunidade que ajuda nos projetos como colaboradora. Ela nos mostrou a casa onde funciona os trabalhos desenvolvidos pela equipe. Lá são servidas sopas todas terças e sextas para a toda a população. Além da sopa que é servida, a população conta com projeto de capoeira, que é realizado nos dias de segunda e quinta no mesmo local.


O projeto é novo e tem apenas dois meses. Foi através de Cornélio que tudo começou, antes eram realizadas apenas distribuição de acarajés no dia das crianças na comunidade. Hoje o projeto se estendeu e conquistou outras pessoas que não fazem parte da comunidade, tornando o projeto conhecido.


A casa onde são desenvolvidos os projetos é alugada, e segundo Cinthya o valor do aluguel é alto. Ela ainda nos conta que pra manter os trabalhos na casa é preciso pedir a colaboração financeira a todos que participam dos projetos. O valor é simbólico, uma ajuda de um real por pessoa, todos participam e se unem em prol de um só objetivo, vida digna e dias melhores.

A FAVELA TEMIDA PELOS TAXISTAS

A favelas é temida por taxitas de Maceió pelo perigo do trafico na localidade. Durante o dia alguns dos taxistas chegam a rodar pela comunidade, mas é a noite que medo assombras os motoristas que chegam a evitar pegar passageiros para a região da favela. De acordo com seu Valdemar, de 52 anos, é constrangedor para o passageiro que mora na localidade não poder ter um taxista que faça corrida para sua região da Grota. "Infelizmente é dessa forma, não podemos entrar sem ser despercebidos, eles sabem a hora, a placa do veículo e para onde estamos levando o passageiro. É como se fosse uma especie monitoramento do tráfico." Destaca

O LADO BOM DA FAVELA

Por outro lado, a muita coisa boa também na favela. Projetos como a luta de capoeira incentivam crianças da comunidade a praticar o esporte e desenvolver habilidades no dia a dia. Uma forma de evitar que muitos deles entrem no mundo do tráfico.

O VENDEDOR DE ACARAJÉS

Há cinco anos Cornelho, um vendedor de acarajés realiza a festa do dia das crianças na Grota do Cigano. Além de brinquedos, cinco mil acarajés são distribuídos para crianças da comunidade. Para conferir o trabalho do vendedor, fomos com ele até a grota do cigano. No caminho para a comunidade, ele nos contas como é sua rotina da Grota para o Shopping. Cornélio nos fala que diversas vezes foi assaltado no caminho pra casa, ele chega no shopping sempre as três da tarde e sai de lá às dez da noite. A rotina do simples vendedor é corrida, mas é do dinheiro do acarajé que ele sobrevive. "Da pra pagar o aluguel e até fazer investimentos." Conta ele.


 
 
 

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